Música de Câmara

Informação Adicional

  • Data segunda-feira, 25 março 2024
  • Hora 19:00
  • Local Auditório Vianna da Motta

No dia 25 de março, no âmbito do ciclo de Concertos ESML | Antena 2 | PortugalSOM, será apresentado o seu 3.º concerto onde serão interpretadas obras de B. Strozzi, H. Purcell, T. Merula, M. Portugal e R. Schumann

PROGRAMA

Strozzi, Barbara Strozzi (1619-1677)
L'Eraclito amoroso
Purcell, Henry (1659-1695)
Bess of Bedlam
Merula, Tarquinio (1595-1665)
Hor ch'è tempo di dormire | Canzonetta spirituale sopra alla nanna
Portugal, Marcos (1762-1830)

Os mares, minha bela não se movem

Udite amanti
Margarida Simões | Soprano

Mariana Santos | Tiorba

Schumann, Robert (1810-1856)
Dichterliebe
  1. Im wunderschönen Monat Mai
  2. Aus meinen Tränen sprießen
  3. Die Rose, die Lilie, die Taube, die Sonne
  4. Wenn ich in deine Augen seh'
  5. Ich will meine Seele tauchen
  6. Im Rhein, im heiligen Strome
  7. Ich grolle nicht
  8. Und wüßten's die Blumen, die kleinen
  9. Das ist ein Flöten und Geigen
  10. Hör ich das Liedchen klingen
  11. Ein Jüngling liebt ein Mädchen
  12. Am leuchtenden Sommermorgen
  13. Ich hab' im Traum geweinet
  14. Allnächtlich im Traume
  15. Aus alten Märchen
  16. Die alten, bösen Lieder
Dueto Canto e Piano
Tiago Simas | Tenor

Maria Catarino | Piano

Auditório Vianna da Motta | Entrada livre sujeita à lotação da sala

Acesso: Entrada SUL Campus de Benfica do IPL (estação de Benfica)

NOTAS DE PROGRAMA

Udite Amanti

Udite Amanti (“Ouçam, amantes”) é um programa que nos leva a vivenciar as nuances do amor nas suas variadas facetas. As peças que o compõem lembram a êxtase da paixão, a desilusão amorosa, a loucura e o amor materno. Este programa convida todos os amantes a uma reflexão íntima sobre suas experiências amorosas, tendo como ponto de partida os diferentes cenários das obras apresentadas.

L'Eraclito amoroso de Barbara Strozzi leva-nos a uma jornada emocional, que oscila entre a dor, a tristeza, o prazer e a alegria. O eu lírico apela a que oiçam a razão pela qual chora (Udite amanti la cagione, oh Dio,/ch'a lagrimar mi porta; Ouçam, amantes, a razão, oh Deus,/que me leva a chorar): o seu belo e amado ídolo não lhe é fiel. A partir desta ideia, somos transportados para uma ambiência hipnótica onde a dor da desilusão amorosa e o deleite de viver um amor imperfeito dançam intimamente (Ogni martire aggradami,/ogni dolor dilettami,/i singulti mi sanano,/i sospir mi consolano; Cada martírio agrada-me,/cada dor deleita-me,/os soluços curam-me,/os suspiros consolam-me). Esta oscilação revela o desejo infinito da personagem em aprisionar-se num amor ferido até à morte. Há um contentamento em apenas vivê-lo nos seus pensamentos, anulando qualquer possibilidade de superar este desgosto.
Bess of Bedlam de Henry Purcell é uma peça que explora os desafios das paixões humanas e que nos transporta para um cenário sombrio e ao mesmo tempo cómico, evocando a angústia e a confusão mental de Bess, que se encontra num hospício. A morte do seu amado levou-a à loucura e agora faz por curar a sua melancolia amorosa. É notório o contraste das secções da peça que ora trazem momentos breves de tristeza lúcida ora momentos de efusividade, ou ainda de evasão à realidade. O uso de referências a figuras mitológicas ajudam a dar vida ao mundo paralelo que Bess construiu para superar a sua dor (Who is content/Does all sorrow prevent,/And Bess in her straw,/Whilst free from the law,/In her thoughts is as great as a King.; Quem está contente/Previne toda a tristeza,/E Bess nas suas palhas,/Enquanto livre da lei,/Nos seus pensamentos é tão grandiosa quanto um Rei).
Hor ch'è tempo di dormire de Tarquinio Merula é a obra mais complexa e, possivelmente, a mais bela do programa, pois conduz-nos às profundezas da experiência materna e divina. Esta não é uma simples canção de embalar de uma mãe para o seu filho. Nossa Senhora embala o menino Jesus estando ciente das provações que este enfrentará no futuro (Chiudi, chiudi quei lumi divini/Come fan gl'altri bambini/Perchè tosto oscuro velo/Priverà di lume il cielo; Fecha, fecha essas luzes divinas/Como fazem as outras crianças/Pois em breve um véu escuro/Privará o céu da luz.). Logo no início, uma sonoridade hipnótica e desconcertante é-nos apresentada pela tiorba. Junta-se-lhe a melodia da voz que oscila entre a ternura do embalo e a sombra da dor e da aflição de Maria, não esquecendo a promessa de redenção futura e paz no paraíso. Maria embala e contempla Jesus enquanto se aflige com as penas que este viverá (Ah con quanto tuo dolore/Sola speme del mio core/Questo capo e questi crini/Passeran acuti spini; Ah, com quanta dor,/Minha esperança, meu coração,/Esta cabeça e estes cabelos/Passarão por espinhos agudos.). Esta poderia também ser uma canção de embalar a todos os filhos especiais, que venham a passar por provações.

Por fim, para terminar esta parte do concerto, e não podendo faltar a faceta leve, alegre e apaixonada do amor, propõe-se a modinha luso-brasileira, Os mares, minha bela não se movem de Marcos Portugal, uma obra presente no catálogo da PortugalSom. As suas características simples e populares tornam esta peça agradável de se ouvir, permitindo que se feche o programa lembrando que o Amor não é só feito de tristezas, dores e desgostos.

Dueto Canto e Piano

A 6 de Outubro de 1843, o compositor Robert Schumann (1810–1856) entregou à editora C. F. Peters um conjunto de obras de sua autoria, no intuito de serem futuramente publicadas. Deste grupo, seria apenas aceite para este propósito um ciclo de vinte canções sobre poemas de Heinrich Heine (1797–1856) que, depois de reapropriado a um total de dezasseis, viria a ser publicado em fevereiro de 1844 com o célebre título de Dichterliebe (Amor de Poeta), Op. 48. Após esta data, a popularidade dispersa e independente de alguns dos constituintes desta obra tornou-se, em pouco tempo, num notável reconhecimento da sua totalidade enquanto um dos mais elevados símbolos do lied alemão. Depois de ter convidado à sua interpretação músicos tão célebres como Johannes Brahms (1833–1897) ou Wilhelmine Schröder-Devrient (1804–1860), este ciclo de canções continua a aliciar ao mesmo tempo vários intérpretes da contemporaneidade.
As razões do grande interesse que Dichterliebe suscitou no ouvinte ao longo dos séculos distinguem-se nos diferentes aspetos da sua con]guração, que o tornam inequivocamente singular no seu contexto musical. Em primeiro lugar, a mestria com que Schumann seleciona determinados textos da obra poética Lyrisches Intermezzo – recombinando-os num enredo simples, mas profundo e inevitavelmente comovente – permite ao compositor um discurso musical versátil e elaborado, que demonstra da sua parte um conhecimento industrioso da expressão artística e das necessidades da sua clareza. Assim, os sentimentos de amor do poeta central a este enredo, que ‘orescem e o levam consequentemente ao seu declínio, ilustram-se nas eloquentes canções miniaturais deste ciclo, admiráveis no testemunho dos objetos expressivos e delicados do seu lirismo.
Acompanhando a deceção do poeta enamorado, Dichterliebe circunscreve ao seu discurso uma atmosfera progressivamente obscura, habilmente mediando o texto, a voz e o piano numa profunda simbiose. Um vínculo expressivo semelhante também se configura na obra de Franz Schubert (1797–1828) ou de Brahms, no entanto Schumann distingue-se na sua formalização ao alterar constantemente o seu foco principal entre a linha vocal e a parte do piano. Deste modo, a voz que ao longo destas dezasseis canções ocupa uma função condutora e comunicante com o afeto do piano, cede-lhe por inúmeras vezes esta mesma função, em suporte da qual passa a fazer-se principalmente valer das características do texto. É nesta abordagem inédita que o compositor deste ciclo abre ao ouvinte uma dimensão musical desconhecida e inovadora, na qual um discurso sentimental objetivo dialoga com um discurso emotivo abstrato.
Esta obra assenta, portanto, numa multiplicidade de relações expressivas que, independentemente da sua origem, proporcionam ao executante uma vasta e pessoal exploração das suas nuances. Dichterliebe concretiza assim uma narrativa de devoção, ]delidade e aceitação, que pela expressão deslumbrante da música de Schumann perdura, mas sempre renovando o seu valor. (Tiago Simas 15 de fevereiro de 2024)

BIOS

Magarida Simões

Margarida Simões, natural de Lisboa, iniciou os seus estudos musicais aos 5 anos, tendo estudado violino na Escola de Música da Orquestra Metropolitana. Em 2014, concluiu o curso de Canto da Escola de Música do Conservatório Nacional integrada na classe da professora Ana Paula Russo. Estudou ainda com a soprano Sandra Medeiros a nível particular. Em 2023 concluiu os seus estudos de canto da Licenciatura em Música com o professor Armando Possante na Escola Superior de Música de Lisboa.
Frequentou ainda masterclasses com os artistas de renome Susan Waters, João Paulo Santos, Lucia Mazzaria, Siphiwe McKenzie, Elena Valdelomar, James Newby e Ana Quintans.
Das suas apresentações destacam-se os papéis de Venus da ópera Venus and Adonis de J. Blow, de Hänsel da ópera Hänsel und Gretel de E. Humperdinck, Rapaz de Bronze da ópera O Rapaz de Bronze de Nuno Côrte-Real, de Bastienne da ópera Bastien und Bastienne de Mozart. Outros trabalhos a solo incluem a cantata Tra le Fiamme de G.F. Handel, Parte Oh dio de Leonardo Leo, as Missas Brevis KV192 e KV194 de Mozart, o Gloria RV 589 de Vivaldi, o Te Deum e a Missa em Sib de Marcos Portugal, o Magnificat de Bach, o Stabat Mater de Pergolesi, o Te Deum de Dvořák e o Requiem de Mozart. Interpreta ainda modinhas luso-brasileiras como membro do grupo Cantos do Sabiá em diversos eventos de recriação histórica.
Em 2023 conquistou o 3.º prémio do Concurso de canto para Jovens Interpretes José Augusto Alegria (8ª edição), tendo-se apresentado no Teatro Garcia Resende (Évora) no respetivo Concerto dos Laureados.
Tem-se apresentado com vários grupos corais com os quais canta frequentemente a solo, mais notavelmente o Ensemble São Tomás de Aquino e, no passado, o Coro de Câmara de Lisboa, dirigido por Teresita Gutierrez Marques. Com estes grupos atuou em Portugal, França, Malásia, Singapura, Indonésia e China. O seu repertório abrange diversos períodos musicais: do Renascimento à atualidade. Em 2017, integrou o Festival ZêzereArts.
Lecciona, desde 2023, Técnica Vocal na Paróquia São Tomás de Aquino. Paralelamente, exerce a profissão de Médica Dentista desde 2014.

Mariana Santos

Mariana Santos iniciou os seus estudos musicais aos 5 anos. Completou o 8ª grau em guitarra clássica na EAMCN com Júlio Guerreiro e a Licenciatura em alaúde na ESML com Guilherme Barroso, onde atualmente frequenta o Mestrado em Ensino de Música. Ao abrigo do programa Erasmus, estudou no Conservatório Real de Haia com os professores Mike Fentross e Joachim Held.
Despertado o interesse neste ramo, participou em diversos cursos tais como “XVI CIMA” da ESMAE, “IX CIMA” da MAAC, “XXX EIMCM” da Fundação da Casa de Mateus, a “Ton Koopman Academy 2021” no Conservatório Real de Haia, "Academia Ludovice Ensemble 2022" no CMACG e "Basel Lute Days" na Schola Canstorum Basiliensis, onde teve masterclasses com Paul O'Dette, Julian Behr e Peter Croton.
Mariana apresentou-se nos dias da música no CCB com o projecto “o colinho da rainha”, como solista convidada em Concertos para Bebés ®️, com o Ensemble 258 no projeto 7Colinas7Cantatas, com a Orquestra 1755 e com a Orquestra Barroca D’Aquém Mar. Na área da música de câmara é membro fundador de Altos do Bairro e do Duo d’outrora.

Tiago Simas

Tiago Simas iniciou os seus estudos de música na Escola Luís António Maldonado Rodrigues, em Torres Vedras, onde estudou Canto com Susana Duarte. Concluiu o Curso Secundário de Canto Gregoriano no Instituto Gregoriano de Lisboa, na classe de Elsa Cortez. Iniciou em 2020 um percurso simultâneo como estudante de Canto e de Composição na Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2023, licenciou-se em Canto nesta instituição enquanto aluno de Armando Possante e estudou com Noa Frenkel, em intercâmbio com o Real Conservatório de Haia.
No âmbito da Composição, estudou com João Madureira e Sérgio Azevedo. Atualmente, dá continuidade à Licenciatura neste ramo sob a orientação de Carlos Caires e, simultaneamente, frequenta o ramo de Canto do Mestrado em Ensino da Música. Também por se dedicar a estas duas áreas, contacta constantemente com música de variadas estéticas e períodos históricos, procurando muitas vezes nesta relação uma aproximação multidisciplinar.
O conhecimento dos diversos estilos e maneirismos musicais tem-lhe permitido interpretar, enquanto cantor solista, um repertório muito diversificado, que integra desde a música antiga à contemporânea. Enquanto compositor, procura um discurso expressivo claro, à base da exploração de objetos sonoros transversais a diversas linguagens, na consciência da ligação intrínseca entre a arte do passado e do presente enquanto aspirantes ao mesmo diálogo. Em 2024, é um dos convidados a integrar o programa Jovens Compositores nos Estúdios Victor Córdon. Recentemente, tem trabalhado como intérprete com vários grupos que contribuem de forma ativa para o panorama musical português, como o Grupo Vocal Olisipo, o Ensemble 258 e o Officium Ensemble. Participou em várias estreias modernas de obras antigas recém-editadas, tal como em várias estreias mundiais de obras contemporâneas.

Maria Catarino

Maria Miguel Pinto Catarino, natural de Lisboa, começou a estudar piano aos seis anos com a professora Carolina Costa e entrou no Instituto Gregoriano de Lisboa em 2011, onde concluiu o Curso Secundário de Música, sob a orientação de Joana Correia Marques. Entre 2019 e 2022, teve aulas particulares com Artur Pizarro. Em 2021, ingressou na Escola Superior de Música de Lisboa, onde frequenta atualmente o terceiro ano da Licenciatura em Piano, na classe de Paulo Pacheco. É também sob a sua orientação que, no âmbito de Música de Câmara, tem integrado diversas formações instrumentais, como Trio com Clarinete e Violoncelo e Trio com Violino e Violoncelo. Nesta mesma instituição, estuda paralelamente Órgão e Improvisação com António Esteireiro e Baixo Contínuo com Joana Bagulho.
Entre os vários projetos nos quais tem participado, destaca-se a sua atividade no âmbito da música contemporânea, tendo já tomado parte na apresentação de várias obras de estreia. Participa no ClusterLAB – ensemble com alunos da Escola Superior de Música de Lisboa sob a regência e direção artística de Carlos Marecos, dedicado exclusivamente à divulgação de música contemporânea – com o qual já se apresentou em vários eventos e em espaços como o O’culto da Ajuda.

Tocou em masterclasses lecionadas por Fausto Neves, Ana Telles, Jorge Moyano, António Rosado, Ana Valente, Luísa Tender, Jill Lawson, Elen Corver, David Kuyken, Denys Proshayev e Frank van de Laar. Na área de Música de Câmara, participou em masterclasses com Andrew Watkinson e Evan Rothstein. Foi premiada por vários concursos, nomeadamente, pelo Concurso Internacional da Cidade de Almada, o Concurso Nacional da Escola de Música de São Teotónio e o Concurso Ibérico do Alto Minho. Em 2023, recebeu o primeiro prémio do VI Concurso Nacional de Música Gilberta Paiva com o Trio Âmbar.

Informação Adicional

  • Data segunda-feira, 19 fevereiro 2024
  • Hora 19:00
  • Local Auditório VIanna da Motta

No próximo dia 19 de fevereiro, no âmbito do ciclo de Concertos ESML | Antena 2 | PortugalSOM, será apresentado o seu 2.º concerto onde serão interpretadas obras de F. Fleynjans, M. Pujol, R. Gnatalli, F. Lacerda, F. Lopes-Graça e B. Britten.

PROGRAMA

Kleynjans, Francis (1951)
Romance n1
Tango de Abril
Pujol, Máximo (1957)
Milonga de Junio
Gnatalli, Radamés (1906-1988)
Suite Retratos: Anacleto de Medeiros; Chiquinha Gonzaga

Duo in Harmony (duo de guitarras)
Miguel Ângelo | Guitarra

Francisco Alpoim | Guitarra

Lacerda, Francisco (1869-1934)
Tenho tantas saudades
Inda que o lume se apague
Lopes-Graça, Fernando (1906-1994)
Romance do Cego
Oh, Minha Amora Madura
Britten, Benjamin (1913-1976)
The Bonny Earl o'Moray

ClusterLAB XL
Cláudia Anjos | soprano
Leonor Soares | flauta
Miguel Dias | oboé
Gonçalo Costa | clarinete
Hélia Varanda | clarinete baixo
Ana Siroruca | trompa
Guilherme Lopes | trompete
Rodrigo Freitas | trombone
João Alho | tuba
Maria Guerreiro | violino I
Tânia Nércio | violino II
Iris Almeida | viola
Carolina Veneno | violoncelo
Diogo Pereira | contrabaixo
Carlos Marecos | direção

Auditório Vianna da Motta | Entrada livre sujeita à lotação da sala

Acesso: Entrada SUL Campus de Benfica do IPL (estação de Benfica)

Duo in Harmony

Francisco Alpoim começou a ter contato com a música aos 11 anos, ouvindo discos e vinis e tentando tocar guitarra elétrica como autodidata, vindo a aperfeiçoar a aprendizagem do instrumento com Nelson Dias (The Rising Sun Experience) .
Aos 14 anos ingressa na Academia de Música de Óbidos, dando início ao estudo da guitarra clássica, com Abel Beja (Primitive Reason).
Desde 2012 até 2019, manteve o projeto musical FÜZZ e I Am The Ghost Of Mars, compartilhando o palco com bandas nacionais e internacionais.
Em 2015 transfere-se para a Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, onde estudou com Eurico Pereira.
Prossegue em 2019 os estudos na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Guitarra de António Jorge Gonçalves e na classe de Música de Câmara de Fernando Fontes.
Em 2019 forma o Duo in Harmony em conjunto com Francisco Alpoim, um duo de guitarras.

Miguel Ângelo iniciou o seu contacto com a música aos 9 anos na MusiMusa, escola de música localizada no Montijo, na classe de Carlos Castro.
Aos dez anos ingressou no Conservatório Regional de Artes do Montijo, onde completou os oito graus de Conservatório em Guitarra Clássica e teve como professores de guitarra Dejan Ivanovic e Titus Isfan.
Ao longo do seu percurso académico obteve 3 premiações no Concurso Internacional de Guitarra do Montijo.
Deu vários concertos em estabelecimentos como: Festival do Estoril, Auditório Vianna da Motta e Teatro Joaquim de Almeida.
Foi solista na estreia da obra "Requiem", de Joly Braga Santos na Escola Superior de Música de Lisboa e também em concertos com a Orquestra Sinfónica e o Coro do Conservatório Regional de Artes do Montijo.
Frequenta atualmente a Licenciatura em Execução de Guitarra Clássica na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Guitarra de António Jorge Gonçalves e na classe de Música de Câmara de Fernando Fontes.
Em 2019 forma o Duo in Harmony em conjunto com Francisco Alpoim, um duo de guitarras.

ClusterLAB ensemble

O ClusterLAB ensemble, é uma formação de geometria variável que tem desenvolvido desde 2011, um trabalho regular de laboratório com obras de estudantes da ESML, bem como com obras de repertório dos séc. XX e XXI, com ensaios colaborativos entre os instrumentistas, compositores, cantores e técnicos de som, bem como com a apresentação desse trabalho em concerto, integrando-se nas atividades de investigação com metodologias baseadas na prática, do Pólo da ESML/IPL – CESEM. Para além de se apresentarem em inúmeras salas em Lisboa e pelo país, este ensemble tem-se apresentado em salas não convencionais, no desenvolvimento de um projeto de investigação de música para espaços específicos. Desde 2011 até hoje o ensemble já estreou cerca de 50 obras de estudantes da ESML, onde-se se incluem também 6 produções de ópera contemporânea.

Informação Adicional

  • Data segunda-feira, 29 janeiro 2024
  • Hora 19:00
  • Local Auditório VIanna da Motta

No próximo dia 29 de janeiro, no âmbito do ciclo de Concertos ESML | Antena 2 | PortugalSOM, será apresentado o seu 1.º concerto onde serão interpretadas obras de C. Reinecke e F. Pires.

PROGRAMA

Reinecke, Carl (1824-1910)
Trio, Op. 188
Horus Trio
Leonor Marinho | Oboé
Telmo Rocha | Trompa
José Maria Couto | Piano

Pinho Vargas, António
Quatro ou cinco movimentos fugidios de água
Trio ARO
Diogo Cocharra | Clarinete
Adriana Gonçalves | Violoncelo
Miguel Perdigão | Piano

Auditório Vianna da Motta | Entrada livre sujeita à lotação da sala

Acesso: Entrada SUL Campus de Benfica do IPL (estação de Benfica)

Notas de Programa

Trio, Op. 188

Reinecke foi um proeminente pianista, compositor, maestro e professor. Este trio, publicado em 1887, surge já numa fase de maturidade, tinha o compositor 63 anos de idade, ocupando a posição de maestro da Orquestra Gewandhaus e o lugar de professor no conservatório de Leipzig.
A sua linguagem enquadra-se na ala conservadora do romantismo, sendo as afinidades com Brahms e Schumann evidentes. Esta obra é disso prova, seguindo um convencional esquema de quatro andamentos. O primeiro em forma sonata, sério, em lá menor, o segundo um Scherzo em dó maior, o terceiro um Adagio de grande pungência expressiva em fá maior e um Rondo final, em lá maior, que não será tanto um rondo-sonata como uma forma sonata que o compositor fez habilmente soar como um Rondo, recuperando ainda, algo inesperadamente, o tema do andamento lento na reexposição.
Esta estrutura de forma clássica contém, ainda assim, um léxico harmónico algo arrojado, notem-se as progressões encontradas no desenvolvimento do primeiro andamento, que harmonizam o motivo B-A-C-H, a utilização da quinta aumentada no acorde da dominante, sobretudo no último andamento, ou o uso muito frequente de modulação por meio de acordes de sexta aumentada, por toda a obra.
O compositor terá sem dúvida construído aqui uma obra convincente e comunicativa, variada e bem proporcionada, dando igual destaque a todos os instrumentos e procurando a sua natural interacção, que constitui merecidamente o alicerce do repertório para piano, oboé e trompa.
José Couto, dezembro 2023

Quatro ou cinco movimentos fugidios de água

Antes de começar a compôr o Trio ouvi os trios de Brahms e Beethoven para me colocar na sonoridade desta peculiar formação instrumental. Admirei as obras, especialmente a de Beethoven, que já não ouvia há muito tempo, mas percebi claramente que, para esta obra, as referências aos clássicos estavam-me vedadas. Enquanto, por exemplo nos meus dois Ciclos de Canções de António Ramos Rosa de 1995 e Albano Martins de 2000, a sombra de Schubert e Schumann não tinha constituído um peso mas antes uma leveza. Neste caso o caminho tinha de ser outro. Cada peça reclama, sem dúvida, o seu modo de ser, o seu universo. Por outro lado, os” Quatro ou cinco movimentos fugidios da água” estão ligados pela proximidade cronológica à obra para piano solo “Holderlinos”. Trata-se de uma peça sobre as grandes variações de movimento que a água do mar proporciona, desde que haja disponibilidade para olhar para ele, da aparente imobilidade profunda dos fins de tarde, até à agitação impressionante das tempestades. Não fiz nenhum estudo das periodicidades fractais das marés. Penso que a arte não tem como objecto a natureza mas a memória dela, ou mesmo a própria memória da arte.

pelo próprio compositor, junho de 2001

Informação Adicional

  • Data quinta-feira, 23 fevereiro 2023
  • Local Pequeno Auditório

Dr. Evan Rothstein ocupa, atualmente, o cargo de Vice-Coordenador no Departamento de Cordas na Guildhall School of Music & Drama e foi Presidente da Associação Europeia de Professores de Música de Câmara durante dois mandatos (2009-2016). Estudou violino na Eastman School, Yale School of Music e Jacobs School of Music na Universidade de Indiana em Bloomington.

Em 1989, obteve uma bolsa da “Fondation des Etats-Unis”, que lhe permitiu estabelecer-se em Paris. Na capital francesa, manteve uma carreira ativa como solista, em diversas formações de câmara e em orquestra. Posteriormente, obteve diplomas de pós-graduação em Musicologia na Universidade de Paris, e integrou o corpo docente da faculdade de musicologia na Universidade de Paris 8 – Saint Denis entre 2001e 2012.

Em 2020 foi reconhecido com o título de Professor do Ensino Artístico [PEA] e ocupa a função de professor de música de câmara no Conservatório da Região em Aulnay-sous-Bois (França).

É convidado regularmente para participar em seminários e conferências, orientar formações de câmara e participar em júris de concursos na Europa. De 2004 a 2010, foi consultor pedagógico do Centro-ProQuartet Europeu de Música de Câmara em Paris e, desde 1997, é professor convidado de música de câmara na Indiana University Summer String Academy.

Dos seus professores de violino destacam-se Veda Reynolds e Nelli Shkolnikova e, no âmbito da música de câmara, trabalhou com membros dos quartetos de Cleveland, Tokyo, Julliard, Fine Arts e Borodin.

Alinhamento da Master Class

Quinta-feira, 23 de Fevereiro

10h | Trio 2 Violinos & Viola

[A. Dvorak – Miniaturas op. 75ª, nº. 1 (Cavatina) e nº. 2 (Capriccio) | Terzetto, op. 74, 1º. and.]

Letícia Lopes, violino
Xiuyi Ye, violino
Dinis Campos, viola

14h | Trio com Piano

[J. Haydn – Trio, Hob. XV: Nº 12]

Tânia Nércio, violino
Inês Torres, violoncelo
Pedro Costa, piano

15h.15 | Quarteto com Oboé

[W. A. Mozart – Quarteto, KV 370, 2º. e 3º. ands.]

Leonor Marinho, oboé
Carolina Pinto, violino
Íris Moreira, viola
Mateus Queirós, violoncelo

Sexta-feira, 24 de Fevereiro

10h.15 | Trio com Piano

[C. Debussy – Trio em Sol m, 1º. and.]

Margarita Kumpan, violino
Carolina Veneno, violoncelo
Katia Vovk, piano

11h.30 | Trio com Piano

[J. Brahms – Trio, op. 8 (versão 1889), 1º. e 2º. ands.]

André Teixeira, violino
António Cortez Marques, violoncelo
Maria Catarino, piano

14h.15 | Quarteto de Cordas

[D. Schostakovich – Quarteto nº. 8, op. 110]

Ana Sofia Faria, violino
Vicente Sobral, violino
Miguel Breia, viola
Inerzio Macome, violoncelo

15h.30 | Trio Clarinete., Violoncelo e Piano

[R. Muczynski – Fantasy Trio]

Diogo Cocharra, clarinete
Adriana Gonçalves, violoncelo
Miguel Perdigão, piano

Sábado, 25 de Fevereiro

10h.15 | Quarteto de Cordas

[F. Mendelssohn – Quarteto nº. 2, op. 13, 1º. and.]

Rodrigo Teófilo, violino
Catarina Baptista, violino
Miguel Breia, viola
Teresa Martins, violoncelo

11h.30 | Trio com Piano

[L. v. Beethoven – Trio, op. 70, nº 2, 1º. e 2º. ands.]

Hélder Soares, violino
Anna Mouradian, violoncelo
José Maria Couto, piano

12h.45 | Quarteto com Flauta

[W. A. Mozart – Quarteto, KV 285, 1º. e 2º. ands.]

Ana Raquel Silva, flauta
Bárbara Valença, violino
Eva Grancho, viola
Inês Alves, violoncelo

1º Prémio de Música de Câmara – Nível Superior - Prémio Jovens Músicos | 2020/21

Dialecticae Piano Trio

Veronika Taraban, violino
Leonor Mateus, violoncelo
Francisco Costa, piano

Este Trio com Piano foi formado no ano letivo 2018/19 na classe de Música de Câmara da Escola Superior de Música de Lisboa do Professor Paulo Pacheco.

É constituído pela violinista Veronika Taraban (Licenciada pela ESML, frequenta o Mestrado em Ensino da Música na classe da Professora Tamila Kharambura), pela violoncelista Leonor Mateus (Licenciada pela ESML na classe de Paulo Gaio Lima, atualmente a frequentar o Mestrado em Genebra) e pelo pianista Francisco Costa (aluno finalista da Licenciatura na classe do Professor Miguel Henriques).

Em 2019, com um percurso notável nesta disciplina durante três anos, este Trio representou a Escola Superior de Música no Festival Harmos no Porto, apresentou-se em concerto no Encontro Anual da European Chamber Music Teachers Association (ECMTA) no Auditório Vianna da Motta e foi semi-finalista no Ysaye International Music Competition em Liège.

A consistência e solidez deste trajeto pedagógico e artístico culminou com a obtenção do 1º Prémio de Música de Câmara – nível superior, no Prémio Jovens Músicos.

A Prova Final realizou-se a 28 de julho na Casa da Música. Como parte integrante do programa desta prova, o Dialecticae Piano Trio interpretou a obra “Do Desassossego” da compositora e docente da ESML, Ana Seara.

De realçar que, em 2018, Veronika Taraban e Leonor Mateus (com o “Four Trio”, integrando a pianista Ecaterina Popa), já tinham sido laureadas com o 3º Prémio neste concurso, destacando-se igualmente a participação no concerto do Encontro Anual da ECMTA em Varsóvia.

Este é o sétimo grupo de câmara premiado da classe do docente Paulo Pacheco no Prémio Jovens Músicos (o sexto grupo da ESML), para além do 3º Prémio obtido pelo Trio Púrpura – também da ESML – no Concurso Internacional de Música de Câmara de Alcobaça em 2013.

O programa com que se apresentaram nas 3 fases do PJM, edição 2020/21, foi o seguinte:

1ª Prova Eliminatória | Gravação áudio

Władysław Żeleński (1837-1921)
Trio op. 22 (1874)

II) Mortuos plango. Andante sostenuto

Lili Boulanger (1893-1918)
Trio para violino, violoncelo e piano (1917/18)

“D’un matin de printemps”

Hans Werner Henze (1926-1993)

“Adagio adagio” (1993)

2ª Prova Eliminatória

Johannes Brahms (1833-1897)
Trio nº 2, op. 87 (1880/82)

II) Andante com moto

Arno Babadjanyan (1921-1983)

Trio in F# minor (1952)

Prova Final

Ana Seara (n. 1985)

“Do Desassossego” (2014)

Ernest Chausson (1855-1899)

Trio, op. 3 (1881)

Informação Adicional

  • Data segunda-feira, 20 maio 2019
  • Repetições ou continuação continua dia 21 e 22 de Maio

Masterclass de Música de Câmara
Fiammetta Facchini, PhD
[Conservatorio Statale di Musica “Guiseppe Verdi” – Turim]

Segunda, 20 de Maio (sala 0.75)

12h – 13h | Quarteto de Flautas
(E. Bozza, Jour d'été a la montagne)

[almoço]

14.30h – 15.30h | Trio com Piano
(M. Bruch, op. 5)

15.30h – 16.30h | Quarteto com Piano
(Thomas Dunhill, op.16)

Terça, 21 de Maio (sala 1.76)

11h – 12.30h | Quarteto com Piano
(J. Brahms, op. 60)

[almoço]

14h – 15h | Trio (2 violinos & viola)
(Dvorak, Terzetto)

15h – 16h | Duo Guitarra
(Tedesco, Sonatina)

[pausa – 15m]

16.15h – 17.15h | Trio
(Mel Bonis, Suite | Schostakovich, 5 peças)

17.15h – 18.15h | Quarteto (2 flautas & 2 clarinetes)
(Horowits, Jazz)

Quarta, 22 de Maio (sala 0.75)

11h – 12h | Trio de Palhetas
(Joseph Canteloube, “Rustiques”)

12h – 13h | Trio Violino, Trompa e Piano
(Lowell Liebermann, op. 101)

[almoço]

14h – 15h | Trio com Piano
(J. Brahms, op. 87)

15h.15m – 16h.30m | Trio com Piano
(Mendelssohn, op. 49)

Informação Adicional

  • Data terça-feira, 02 abril 2019
  • Hora todo o dia
  • Local Pequeno Auditório
  • Repetições ou continuação continua até dia 4 de Abril

A ESML irá receber o prof. Guillem Escorihuela, do Conservatorio Superior de Música de Castelló, que virá realizar uma Masterclass de Música de Câmara nos próximos dias 2 a 4 de Abril.

Informação Adicional

  • Data segunda-feira, 10 dezembro 2018
  • Hora todo o dia (consultar programa)
  • Local Pequeno Auditório
  • Repetições ou continuação de 10 a 14 de Dezembro (consultar programa)

O Dr. Evan Rothstein, violinista, musicólogo e vice-coordenador do departamento de Cordas da Guildhall School of Music & Drama, estará na ESML entre os dias 10 e 14 de Dezembro para realizar um conjunto de masterclasses e palestras sobre música de câmara.

Informação Adicional

  • Data terça-feira, 29 maio 2018
  • Hora 10:00
  • Local Pequeno Auditório da ESML
  • Repetições ou continuação Continua nos dias 30 e 31 de Maio.

A professora Marje Lohuaru, da Academia de Música e Teatro da Estónia, irá orientar uma Masterclass de Música de Câmara para os alunos da Escola Superior de Música de Lisboa, nos próximos dias 29, 30 e 31 de Maio.

Informação Adicional

  • Data quinta-feira, 01 março 2018
  • Local Escola Superior de Música de Lisboa
  • Participante(s)

    VIOLINO: Triin Ruubel

    VIOLA: Andres Kaljuste

    VIOLONCELO: Henry-David Varema

  • Repetições ou continuação repete no dia seguinte, 2 de Março de 2018

Três figuras de renome da música internacional vindos da Estónia estarão nos dias 1 e 2 Março a orientar masterclasses de música de câmara para os alunos da ESML.

Investigação

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