Esta constituição, permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório que abrange todo o período Clássico, uma parte significativa da literatura orquestral do século XIX e muita da música do século XX. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem assim ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efectivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respectiva arquitectura sonora interior.
Em cada temporada, a Orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas), actuando igualmente em diversas localidades do País, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora.
No plano internacional, por sua vez, a Orquestra tem vindo a ampliar gradualmente a sua actividade, tendo até agora efectuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. Mais recentemente, a Orquestra Gulbenkian voltou a apresentar-se no Festival Enescu (13 de Setembro de 2011) e visitou pela primeira vez a Arménia, com duas atuações em Yerevan (15 e 16 de Setembro de 2011), ambos os projetos sob a direcção do Maestro Lawrence Foster. Estão em preparação novas digressões a realizar em 2013, nomeadamente, na Áustria (Março), Alemanha (Julho) e China (Outubro).
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Entre os últimos projectos discográficos, refira-se a primeira gravação mundial do Requiem de Salieri, um registo com obras de Ligeti, Kodály e Bartók, e uma nova colaboração com a pianista Sa Chen editada já em 2012, todos eles sob a direcção de Lawrence Foster e editados sob a chancela da Pentatone. A Orquestra Gulbenkian gravou um disco dedicado ao público juvenil – Pedro e o Lobo, de Prokofiev, O Carnaval dos Animais, de Saint-Saëns, Guia da Orquestra para Jovens, de Britten –, sob a direcção de Joana Carneiro, lançado em 2011. Está em preparação a edição de três discos protagonizando solistas da Orquestra Gulbenkian, sob a direção de Lawrence Foster, Joana Carneiro e Pedro Neves, os quais farão parte das iniciativas que comemoram o 50.º aniversário deste agrupamento a levar a cabo ao longo da temporada 2012-2013.
Desde a temporada de 2002/2003, Lawrence Foster é o responsável pela direção artística do agrupamento, acumulando as funções de Maestro Titular. Claudio Scimone, que ocupou este último cargo entre 1979 e 1986, foi nomeado em 1987 Maestro Honorário. Joana Carneiro detém o título de Maestrina Maestrina Convidada desde a temporada 2006/2007.