No próximo dia 22 de fevereiro, 5.ª feira, às 18h00, no Auditório Vianna da Motta, a Orquestra de Câmara da Guarda Nacional Republicana apresenta obras de C. Debussy, G. Fauré e S. Azevedo.
PROGRAMA
Auditório Vianna da Motta | Entrada livre sujeita à lotação da sala
Acesso: Entrada SUL Campus de Benfica do IPL (estação de Benfica)
Orquestra de Câmara da Guarda Nacional Republicana
Na história da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana constam-se várias tentativas de inserir paralelamente violinos na sua formação com vista à criação de uma orquestra. A primeira tentativa remonta à chefia do maestro Capitão Joaquim Fernandes Fão (chefia 1911-1935), responsável por diversas alterações na estrutura da banda, nomeadamente no formato que hoje apresenta. As experiências que tentou fazer com violinos não obtiveram o resultado esperado pelo que foi obrigado a abandonar a ideia. A segunda tentativa ocorre cerca de cinquenta anos depois com o maestro Major Idílio Martins Fernandes (chefia 1982-1989). É aberto concurso para admissão de músicos, chegando inclusive a fazer-se a aquisição de instrumentos. O facto de apenas ter ingressado um violetista não permitiu a criação de uma nova formação.
É no entanto sob a chefia do maestro Tenente Coronel Jacinto Montezo (chefia 1995-1998 e 2001-2008) que ingressam em 2008 os primeiros três violinos, que em conjunto com os instrumentos de corda já existentes nos quadros da Banda possibilitou a formação de um Quarteto de Cordas. Composto por dois violinos, viola e violoncelo o quarteto de cordas é uma das formações de música de câmara mais relevantes da história da música.
Em 2009 e 2010 sob a chefia do maestro Major João Cerqueira ingressam novos violinos/violas pelo que o Quarteto de Cordas passa a constituir-se como Orquestra de Câmara, uma orquestra cordas de dimensão reduzida, incluindo sempre que necessário instrumentos de sopro e percussão, vocacionada para execução de repertório barroco e clássico.
Desde a sua criação a Orquestra de Câmara da Guarda Nacional Republicana já se apresentou em diversas salas entre as quais o Teatro Nacional de S. Carlos, Palácio Nacional da Ajuda, Palácio Foz, Academia das Ciências, Assembleia da República, Casa da Criatividade – S. João da Madeira, Teatro Virgínia – Torres Novas, Teatro Diogo Bernardes – Ponte de Lima, Teatro Curvo Semedo – Montemor-o-Novo.
A Orquestra de Câmara da Guarda Nacional Republicana, inserida na Subunidade Banda e Fanfarra e na dependência da Unidade de Segurança e Honras de Estado, desenvolve a sua acção no âmbito do Protocolo de Estado, de divulgação da GNR, ou a convite das mais variadas entidades.
O Maestro Alferes Ricardo Torres é desde 1 de janeiro de 2023, Chefe da Orquestra de Câmara da Guarda Nacional Republicana, coadjuvado pelo Maestro Alferes Hélder Gonçalves.
Alferes Hélder Gonçalves
Natural de Cabeceiras de Basto, iniciou os seus estudos musicais na escola da Banda Cabeceirense. Estudou na Escola Profissional Artística do Vale do Ave – ARTAVE.
Licenciado em Clarinete pela Escola Superior de Música de Lisboa.
Licenciado em Direção de Orquestra pela Escola Superior de Música de Lisboa, na classe do professor Alberto Roque.
Mestre em Artes Musicais – Performance, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Mestre em Ensino da Música – Variante Instrumento e Música de Conjunto (orquestra, coro, ensembles) pela Escola Superior de Artes Aplicadas –ESART.
Estudou particularmente Direção de Orquestra com o Maestro Jean-Sébastien Béreau.
Como clarinetista desenvolve uma atividade intensa, como solista e em orquestra, tendo colaborado com inúmeras orquestras nacionais como: a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Ópera de Lisboa, Orquestra Clássica de Sintra, Banda Sinfónica Portuguesa, Nova Orquestra de Lisboa, Orquestra do Coral Sinfónico de Portugal, Orquestra Foco Musical, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Clássica do Centro, entre outras.
Participou em masterclasses com António Saiote, Walter Boeykens, Philippe Cuper, Joan Enric Lluna, Nuno Pinto, Carlos Alves, Luís Gomes, Nuno Silva, Rui Martins, Joaquim Ribeiro, Michel Arrignon, Paul Meyer, Guy Deplus, Etienne Lamaison, entre outros.
É convidado regularmente a realizar masterclasses e estágios de orquestra pelo país tanto como professor de clarinete como maestro.
Foi júri convidado do Concurso Internacional de Clarinete, ClariMeet 2017 e tocou a solo em recital no ClariMeet, no Porto, em 2021 onde estreou a sua obra “M´inês” para clarinete solo. Já em outubro de 2023, esteve presente no Festival Internacional de Clarinetes dos Açores – Clarinando, onde tocou a solo e orientou uma Masterclass de Clarinete.
Foi Laureado em concursos a nível nacional e internacional, destacando-se o 1º lugar no concurso de Música de Câmara na OPEM em 1999 em Castelo Branco e o Prémio de Melhor Músico Interprete de Música Contemporânea no Porto 2001- Capital Europeia da Cultura.
Lecionou as disciplinas de Clarinete, Música de Câmara e Orquestra no Conservatório Regional de Música de Coimbra, Conservatório de Música David de Sousa da Figueira da Foz, Conservatório de Música Jaime Chavinha de Minde, Conservatório Regional de Música Palmela, Escola de Tecnologias Inovação e Criação –ETIC de Lisboa, Conservatório de Música da Metropolitana de Lisboa e Conservatório de Música de Cascais.
Foi solista da Banda Sinfónica e Orquestra de Câmara da Guarda Nacional Republicana.
Ao longo do seu percurso, foram várias as obras dedicadas a si da autoria dos compositores: Joaquim Gonçalves dos Santos, Hugo Ribeiro, Gonçalo Lourenço, Nuno Miguel Henriques, Paulo Cordeiro, Alexandre Almeida e Nelson Jesus.
Como Maestro participa regularmente na estreia e divulgação de obras de compositores portugueses e estrangeiros, tais como: Nelson Jesus, Alexandre Almeida, Oliver Waespi, Luís Carvalho, Nuno da Rocha, Sérgio Azevedo, Luís Cardoso, Pedro Teixeira Silva, Paulo Cordeiro, Cláudio Peixoto Cruz, João Segura, entre outros, algumas a si dedicadas. Dirigiu solistas como: Thomas Rüedi, Paolo Beltramini, João Barradas, Ricardo Pires, Horácio Ferreira, Jorge Almeida, Marco Silva, Floreant Héau, Giovanni Punzi, entre outros.
Neste âmbito, venceu em 2016, o 6º Concurso Internacional de Bandas de Vila Franca de Xira, obtendo o 2º prémio (sem atribuição do 1º prémio). Já em 2017 no 4º Concurso Internacional de Bandas - Filarmonia D´Ouro no Europarque de Santa Maria da Feira, obteve o 1º prémio. Dirigiu o Concerto de encerramento do Festival Internacional de Clarinete em Lisboa no Teatro Thalia em 2019. Fez parte do júri da 33ª Edição do “Prémio José Afonso” – 2020/2021. Presidente do júri do Concurso nacional de composição “Mina de água compõe” – 2023. A convite pela Confederação Musical Portuguesa realizou como palestrante, o tema: “Inovação, modernização e ligação às comunidades” - 2023.
Dirigiu a Orquestra do Norte; Banda Militar dos Açores; Camerata da Banda Sinfónica do Exército; Camerata de sopros Silva Dionísio; Orquestra de Sopros da Escola Superior de Música de Lisboa; Orquestra de Sopros da Universidade de Évora.
Foi agraciado com um Voto de Louvor e Congratulação e Regozijo pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto em 2016.
Atualmente é artista internacional Buffet Crampon e D´Addario, é Diretor Artístico do Festival de Clarinetes de Sintra e, desde abril de 2014, Diretor Artístico e Maestro na Banda da Sociedade Filarmónica Comércio e Indústria da Amadora. Leciona as disciplinas de Clarinete e Orquestra no Conservatório de Música de Sintra. Em janeiro de 2023 assumiu o cargo de Chefe-adjunto e Maestro da Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana.