ClusterLAB XL ensemble
Daniel Santos flauta
Isabela Martins oboé
Mário Vinagre clarinete
Ana Cândido fagote
Marcelo Pereira trompa
Hugo Araújo trompete
Fábio Matias trombone
Sandra Perez percussão
Inês Barracho percussão
Leonardo Feichas violino I
Jaime Jacob violino II
Milan Radocaj viola
Marco Madeira violoncelo
Mateus Berhinger contrabaixo
A ópera, escrita no final da licenciatura em Composição, é inspirada no conto de Rubem Fonseca, "Henri". Com Joana Alves e Francisco Henriques, "O Jardim" tem libreto de Antonio Carlos Montez, encenação de Sílvia Mateus, direção de Carlos Marecos e figurinos de Ana Duarte e estreou sete anos depois, em novembro, no Auditório Vianna da Motta.
"O Jardim" foi, em 2016, um dos projetos financiados no âmbito da primeira edição do Concurso Anual para Projetos de Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Criação Artística (IDI&CA) promovido pelo Politécnico de Lisboa, como produção de ópera num contexto criativo contemporâneo. A obra retrata Henri, um homem da Paris ocupada de 1940. É uma ópera que foge às convenções: "sobre uma figura moderna mas esquecida, o serial killer, o homem-monstro que, na sua ocupação diária, prova que estamos longe da humanidade que um dia foi nossa".
Licenciado em Composição e Mestre em Música pela Escola Superior de Música de Lisboa, Tiago Cabrita tem trabalhado, essencialmente, em criação operática e já apresentou em público as óperas "A Vida Inteira", de 2011 e "O Deus do Vulcão", de 2015.
Sinopse
Inspirado no conto de Rubem Fonseca, “Henri”, o que aqui temos é uma variação desse mesmo conto.
Paris ocupada (1940) e Henry, o homem que não pode escapar a quem é.
O que nele habita não o deixa fugir, mesmo se há uma psicanalista que pode (ou poderia) servir-lhe de espelho redentor.
Sucede que quem mata e faz desse ofício a meticulosa tarefa de mergulhar dentro de si, não pode encontrar redenção.
É Henry, o florista. Ou de certo modo (ou de modo muito muito certo), somos nós todos: por detrás da aparente fragilidade que temos (as flores são essa fragilidade), vive em nós, neste tempo veloz e de rapina, o monstro que habita Henry.
Esta ópera foge, por isso mesmo, às convenções: é sobre uma figura moderna mas esquecida, o serial killer, o homem-monstro que, na sua ocupação diária, prova que estamos longe da humanidade que foi nossa um dia.